sexta-feira, 23 de julho de 2010

Twittermania: será que eles são mesmo o que aparentam?

Outro dia, num daqueles momentos em que paramos para refletir e filosofar sobre a vida, me peguei pensando o seguinte: será que usúarios assíduos do twitter — que provavelmente terão uma síncope se não expressarem suas emoções num espaço de 140 caracteres num intervalo de 10 em 10 minutos — são o que são quando não estão diante da tela do computador? Creio que não. A personalidade diz muito sobre cada individuo. Uns emotivos demais (emo!), outros racionais, muitos expansivos, tímidos, atrevidos, enfim...a lista é um tanto quanto extensa. Mas, parando para analisar (amadoramente) percebo certo esforço de alguns twitteiros em expressar-se da maneira que (realmente) não são. É como se fosse um submundo das maravilhas, onde se pode ‘quase tudo’, sem que haja o contato ‘face a face’ com aqueles ‘twiggos’ e assim, poder liberar a mente e se reinventar mais e mais.

Concordo no seguinte ponto: o twitter, plataforma virtual que virou febre ao redor do globo terrestre, também assume importante papel no relacionamento social, conhecimento, entre outros. Porém, a alienação em torno desta rede, existe. Muitos, só conseguem se expor, através da tela, e quando se deparam com situações concretas, não sabem como reagir. É um ciclo viciante. Uma espécie de anomalia virtual. Não estar dentre o círculo de pessoas que usam o ‘pio do pássaro’ para se comunicar (ou simplesmente dizer: oi, eu também estou aqui!’), é como ser um extraterrestre entre amigos, conhecidos, e até entre aqueles que ainda iremos conhecer. Pensar nisso me dá arrepios. Será que vamos construir uma sociedade, onde não estar conectado nas redes sociais (que a cada ano torna a ‘novidade’ anterior mais obsoleta, quase jurássica, frente a uma nova descoberta) significa carta fora no baralho? Talvez.

De qualquer forma, não há sombra de dúvidas de que a Internet mudou a vida das pessoas, principalmente jovens, que escrevem frases e mais frases em inglês (letras de música, em sua maioria), como se fosse um recado para o mundo, e ainda sim, se tornam cada vez mais carentes. Será hora de pensar que talvez no 'tempo da vovó', as pessoas eram mais felizes e autênticas sem estas tais geringonças tecnológicas (Ipod, Ipad, Blackberry, e afins). O que me dizem?